É quase impossível ser balzaquiana e não se emocionar com a campanha de 30 anos da Melissa, que para a nossa sorte, apesar de já estar faz algum tempo no ar, ainda está sendo veiculada na íntegra.
Durante minha infância usei muito as sandálias de plástico cheias de charme, mas que enchiam os pés de bolhas, principalmente no verão depois das brincadeiras que faziam suar. Durante a minha adolescência, as "melissas" ficaram meio esquecidas, renegadas mesmo, sendo substituídas pelos mocassins, abotinados, babuches, rasteirinhas e por todos os outros sapatos que viraram febre nos anos 90 e começo deste século.
Foi só quando fiquei grávida do Otávio, no ano passado, que redescobri as antigas sandálias que já não são mais de plástico, mas sim de silicone, como informou, indignada, a vendedora da Galeria Melissa quando minha mãe questionou pagar R$ 70 por uma sandália de plástico.
Com o meu pequeno na barriga e os pés inchando já não dava mais para usar os sapatos que eu estava acostumada, mesmo os baixinhos e as rasteirinhas. Foi quando "pedi" de presente de Natal para minha mãe o modelo Campana na cor prata, um tom que na minha opinião combinaria com todas as minhas roupas de gestante.
Como foi super difícil encontrar o modelo na cor e no tamanho desejados já que em todas as lojas que visítávamos diziam que o produto já estava esgotado acabei virando "expert" em Melissa, um produto que pelo que percebi se reinventou e virou "cult" com uma imensa gama de cores e modelos para todas as ocasiões. Vi que têm gente que até coleciona este tipo de sapato e basta visitar o site da Melissa para entender o porquê, pois dá vontade mesmo de ter um par de cada tipo. Não coloquei o link neste post porque, pasmem, o site está em manutenção devido ao "elevadissimo" número de acessos.
Quando conseguimos encontrar a sandália que eu queria, não tirei mais ela do pé. Literalmente! Usei a minha "melissinha", como eu chamava a sandália quando eu era criança, durante toda a minha gestação e ainda continuo a usá-la quase que diariamente já que é "mega" confortável, tem um design lindo e continua combiando com todas as minhas roupas já que ainda não consegui perder todos os quilos que ganhei durante a gravidez.
Mas, voltando ao comercial, acho que vale a pena assistir pois, apesar dele fazer um paralelo com a Melissa, ele mostra de uma forma encantadora a vida de nós mulheres de 30 e poucos anos. E, como afirmei no começo desse post, é impossível não se emocionar ao lembrar com saudade da trajetória que nos levou de meninas a mulheres: das brincadeiras de boneca com as amigas, passando por todos os garotos que foram o "grande amor" das nossas vidas, pelas aulas de Educação Física cabuladas na escola, pelas viagens loucas da faculdade, pelas baladas que fizeram parte de toda a nossa juventude, até chegar no dia em que nos tornamos a pessoa adulta que somos hoje, com uma vida inteira ainda para viver e muito o que aprender.
Logo que o Otávio nasceu, enquanto eu ainda tinha disciplina de amamentá-lo na poltrona de amamentação com músicas suaves de fundo eu ficava relembrando todos os momentos felizes ou tristes da minha vida, mas que tinham me levado até ali. Foi assim que caiu a ficha que se eu pudesse viver de novo faria tudo exatamente igual só para chegar até aqui!