Algumas dicas publicadas no caderno Empregos do jornal O Estado de S.Paulo de domingo 1º de fevereiro de 2009.
Há umas duas semanas meu marido Daniel precisou ir a uma reunião de planejamento em um sábado no escritório. Ao contrário de fazer o bico que sempre faço quando esse tipo de coisa acontece, o que diga-se de passagem é meio praxe nos nossos fins de semana, eu adotei a postura de esposa madura e dei todo o suporte para que ele fosse para a empresa e ainda desse sugestões criativas para que sua área conseguisse contornar este momento complicado pelo qual a maioria das companhias estão passando.
Pouco depois da hora do almoço, toca meu telefone e é ele do outro lado da linha parecendo preocupado. Segundo ele, algumas pessoas que ocupam cargos superiores disseram que ele teria que optar entre mudar de área ou tirar uma licença não remunerada. Na hora, fiquei revoltada e apavorada. Revoltada porque ele é inteligente, competente e honesto. Não me conformava em como podiam propor aquela indecência, porque não tem outro nome, a uma pessoa que tinha entrado na companhia como estagiário e até pouco tempo atrás era "disputado a tapa" para integrar as equipes dos mais variados projetos. Apavorada porque faltavam menos de três meses para a chegada do pequeno Otávio. "E o plano de saúde?", foi minha primeira pergunta."Como assim licença não remunerada? É alguma piada?", continuei.
Pela primeira vez me vi como uma mendiga na rua, pensei na nossa casa, nos nossos luxos e em tudo de bom que o dinheiro tinha trazido para nós até aquele momento. Na hora liguei para o meu pai com um nó na garganta e, aos poucos, com a serenidade de quem tem vinte anos de carreira a mais do que nós e a experiência de quem viveu mais, ele foi nos acalmando e nos mostrando o lado bom de tudo aquilo.
O Daniel trabalha em uma empresa multinacional de consultoria há dez e tem dedicado umas quatorze horas por dia a essa companhia. Há tempos a gente não estava feliz com o ritmo de trabalho, nem com o estresse diário ao qual ele estava submetido, mas nunca tivemos coragem de pensar em algo mais drástico como sair ele sair de lá.
Com tudo isso tiramos várias lições e algumas delas vale a pena repartir, pois em tempos de crise tudo pode acontecer, né? Pode parecer básico, mas aprendemos que temos que poupar, literalmente a qualquer custo, para poder contar com uma reserva no caso de uma demissão. Também vimos que nunca devemos nos acomodar a uma determinada situação, seja ela qual for. Então, se recebermos uma proposta de emprego temos sim que ver do que se trata. Terceira lição, mas não menos importante, é que ninguém é insubstituível.
Já com relação aos aspectos mais práticos do desemprego, recorremos aos inúmeros profissionais de RH que andam dando algumas dicas sobre o assunto em diversos meios de comunicação, como a matéria publicada no site IT Careers http://tinyurl.com/dicasitcareers. Em um primeiro momento essas dicas até parecem banais, mas por experiência própria acho que elas podem ser um ponto de partida na hora que o desemprego chegar mais perto do que gostaríamos!
Há umas duas semanas meu marido Daniel precisou ir a uma reunião de planejamento em um sábado no escritório. Ao contrário de fazer o bico que sempre faço quando esse tipo de coisa acontece, o que diga-se de passagem é meio praxe nos nossos fins de semana, eu adotei a postura de esposa madura e dei todo o suporte para que ele fosse para a empresa e ainda desse sugestões criativas para que sua área conseguisse contornar este momento complicado pelo qual a maioria das companhias estão passando.
Pouco depois da hora do almoço, toca meu telefone e é ele do outro lado da linha parecendo preocupado. Segundo ele, algumas pessoas que ocupam cargos superiores disseram que ele teria que optar entre mudar de área ou tirar uma licença não remunerada. Na hora, fiquei revoltada e apavorada. Revoltada porque ele é inteligente, competente e honesto. Não me conformava em como podiam propor aquela indecência, porque não tem outro nome, a uma pessoa que tinha entrado na companhia como estagiário e até pouco tempo atrás era "disputado a tapa" para integrar as equipes dos mais variados projetos. Apavorada porque faltavam menos de três meses para a chegada do pequeno Otávio. "E o plano de saúde?", foi minha primeira pergunta."Como assim licença não remunerada? É alguma piada?", continuei.
Pela primeira vez me vi como uma mendiga na rua, pensei na nossa casa, nos nossos luxos e em tudo de bom que o dinheiro tinha trazido para nós até aquele momento. Na hora liguei para o meu pai com um nó na garganta e, aos poucos, com a serenidade de quem tem vinte anos de carreira a mais do que nós e a experiência de quem viveu mais, ele foi nos acalmando e nos mostrando o lado bom de tudo aquilo.
O Daniel trabalha em uma empresa multinacional de consultoria há dez e tem dedicado umas quatorze horas por dia a essa companhia. Há tempos a gente não estava feliz com o ritmo de trabalho, nem com o estresse diário ao qual ele estava submetido, mas nunca tivemos coragem de pensar em algo mais drástico como sair ele sair de lá.
Com tudo isso tiramos várias lições e algumas delas vale a pena repartir, pois em tempos de crise tudo pode acontecer, né? Pode parecer básico, mas aprendemos que temos que poupar, literalmente a qualquer custo, para poder contar com uma reserva no caso de uma demissão. Também vimos que nunca devemos nos acomodar a uma determinada situação, seja ela qual for. Então, se recebermos uma proposta de emprego temos sim que ver do que se trata. Terceira lição, mas não menos importante, é que ninguém é insubstituível.
Já com relação aos aspectos mais práticos do desemprego, recorremos aos inúmeros profissionais de RH que andam dando algumas dicas sobre o assunto em diversos meios de comunicação, como a matéria publicada no site IT Careers http://tinyurl.com/dicasitcareers. Em um primeiro momento essas dicas até parecem banais, mas por experiência própria acho que elas podem ser um ponto de partida na hora que o desemprego chegar mais perto do que gostaríamos!
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