sábado, 5 de setembro de 2009

Saudosismo by Melissa


É quase impossível ser balzaquiana e não se emocionar com a campanha de 30 anos da Melissa, que para a nossa sorte, apesar de já estar faz algum tempo no ar, ainda está sendo veiculada na íntegra.

Durante minha infância usei muito as sandálias de plástico cheias de charme, mas que enchiam os pés de bolhas, principalmente no verão depois das brincadeiras que faziam suar. Durante a minha adolescência, as "melissas" ficaram meio esquecidas, renegadas mesmo, sendo substituídas pelos mocassins, abotinados, babuches, rasteirinhas e por todos os outros sapatos que viraram febre nos anos 90 e começo deste século.

Foi só quando fiquei grávida do Otávio, no ano passado, que redescobri as antigas sandálias que já não são mais de plástico, mas sim de silicone, como informou, indignada, a vendedora da Galeria Melissa quando minha mãe questionou pagar R$ 70 por uma sandália de plástico.

Com o meu pequeno na barriga e os pés inchando já não dava mais para usar os sapatos que eu estava acostumada, mesmo os baixinhos e as rasteirinhas. Foi quando "pedi" de presente de Natal para minha mãe o modelo Campana na cor prata, um tom que na minha opinião combinaria com todas as minhas roupas de gestante.

Como foi super difícil encontrar o modelo na cor e no tamanho desejados já que em todas as lojas que visítávamos diziam que o produto já estava esgotado acabei virando "expert" em Melissa, um produto que pelo que percebi se reinventou e virou "cult" com uma imensa gama de cores e modelos para todas as ocasiões. Vi que têm gente que até coleciona este tipo de sapato e basta visitar o site da Melissa para entender o porquê, pois dá vontade mesmo de ter um par de cada tipo. Não coloquei o link neste post porque, pasmem, o site está em manutenção devido ao "elevadissimo" número de acessos.

Quando conseguimos encontrar a sandália que eu queria, não tirei mais ela do pé. Literalmente! Usei a minha "melissinha", como eu chamava a sandália quando eu era criança, durante toda a minha gestação e ainda continuo a usá-la quase que diariamente já que é "mega" confortável, tem um design lindo e continua combiando com todas as minhas roupas já que ainda não consegui perder todos os quilos que ganhei durante a gravidez.

Mas, voltando ao comercial, acho que vale a pena assistir pois, apesar dele fazer um paralelo com a Melissa, ele mostra de uma forma encantadora a vida de nós mulheres de 30 e poucos anos. E, como afirmei no começo desse post, é impossível não se emocionar ao lembrar com saudade da trajetória que nos levou de meninas a mulheres: das brincadeiras de boneca com as amigas, passando por todos os garotos que foram o "grande amor" das nossas vidas, pelas aulas de Educação Física cabuladas na escola, pelas viagens loucas da faculdade, pelas baladas que fizeram parte de toda a nossa juventude, até chegar no dia em que nos tornamos a pessoa adulta que somos hoje, com uma vida inteira ainda para viver e muito o que aprender.

Logo que o Otávio nasceu, enquanto eu ainda tinha disciplina de amamentá-lo na poltrona de amamentação com músicas suaves de fundo eu ficava relembrando todos os momentos felizes ou tristes da minha vida, mas que tinham me levado até ali. Foi assim que caiu a ficha que se eu pudesse viver de novo faria tudo exatamente igual só para chegar até aqui!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Charlie, Alan e Jake



Já faz quase cinco meses que o pequeno Otávio chegou e confesso que não tenho saído muito de casa desde então. Primeiro, porque as mamadas durante o dia ainda são de três em horas contando da hora que começam e, para quem vive em São Paulo e conhece os constantes congestionamentos, fazer qualquer coisa em pouco mais de uma hora não é tarefa fácil.


Em segundo lugar, com a gripe suína acabei me tornando um pouco mais caseira. Não tenho vergonha nenhuma de assumir isso já que acho que muitas mães também ficaram e ainda estão neuróticas por causa dessa doença que, honestamente, espero que com a chegada da primavera passe e nossas vidas voltem ao normal.


Em terceiro lugar, foi o friozinho que também me deixou mais preguiçosa para fazer qualquer programa na rua, principalmente os mais chatos, como ir ao mercado, à farmácia, ao pet shop e outras lojas de primeira necessidade. Durante esse período de reclusão em que eu quase virei uma ermitona a Internet e o telefone viraram meus principais aliados e o "delivery" se tornou, na minha opinião, a principal invenção do homem.


Foi ainda durante esta fase que eu também passei evitar os telejornais, principalmente os da Rede Globo, que quando ninguém mais falava com ênfase da tal gripe, continuava a contabilizar diariamente os mortos e a explorar o assunto das maneiras mais catastróficas e negativas, fazendo qualquer mãe quase pirada como eu pirar de vez. Como disse a Carla, uma antiga amiga da faculdade em seu Twitter parecia que "Dizer que tem H1N1 hj em dia deve ser o equivalente a dizer 'eu tenho AIDS' nos anos 80!"


Assim, foi cansada de assistir as mesmices trágicas das emissoras durante as mamadas que conheci Charlie, Alan e Jake da série "Two and a Half Men", transmitida diariamente pela Warner, canal 47 para quem assina a Net. Daí para frente as notícias ruins foram substituídas por boas gargalhadas com a história do solteirão e "pegador" Charlie que vive em Malibu, seu irmão divorciado e esquisitão Alan que mora com ele de favor e seu sobrinho, o simpático gorducho Jake que vem passar os finais de semana e completa o trio. O elenco também conta com a avó paterna, uma empregada folgada, uma vizinha maluca, mas doce, e é claro a ex-mulher de Alan, além de todas as "ficantes" de Charlie.


Não sei se são os hormônios, mas apesar da maternidade ser, sem demagogia, a coisa mais maravilhosa do mundo, nós ficamos muito sensíveis e eu que já era preocupada fiquei muito pior depois que o Otávio nasceu e eu me dei conta do que é de fato ser mãe. É claro que um bom seriado na TV jamais irá substituir o psicólogo ou o psiquiatra que devemos buscar caso nossos medos e angústias estejam atrapalhando a nossa vida, mas "conversar de verdade com Deus", como sugeriu a minha amigona Lu Ruas, encontrar com pessoas que a gente gosta, assistir a boas coisas na televisão e ler livros bacanas podem ser um bom começo para ajudar a manter nossa sanidade e nossos pensamentos longe de tudo o que é ruim. E é nisso que a série, que já está em sua 7ª temporada, têm me ajudado, mas eu sei que mudanças mais profundas ainda são mais do que necessárias...

Leitura de mulherzinha

Parece mentira, mas o Otávio tem roubado todo o meu tempo livre e, entre fraldas, passeios, mamadas e, mais recentemente, papinhas de frutas, já se passaram mais de três meses desde a última postagem. Foi justamente entre uma mamada e outra que vi o trailer do filme "Os Delírios de Consumo de Becky Bloom", baseado em um livro de chorar de rir que eu li alguns anos atrás.

Faz tempo que quero escrever sobre livros escritos exclusivamente para mulheres. Não que eu seja feminista ou algo parecido, mas sim pelo simples fato de que eles podem ser muito divertidos. Este tipo de livro para quem ainda não teve a oportunidade de ler algum trata basicamente de mulheres comuns que vivem situações inusitadas em seu cotidiano com suas amigas, namorados ou maridos, familiares e colegas de trabalho. Geralmente, eles tem um toque de humor daqueles que faz a gente dar boas gargalhadas justamente por já ter passado por alguma coisa parecida e assim se sentir normal mesmo estando à beira de um ataque de nervos! Em alguns lugares do mundo, nas livrarias, assim como existem as prateleiras de biografias ou ficção, também existe a seção do que poderíamos chamar de "livros de mulherzinha".

Meu primeiro contato com este tipo de livro foi ainda na faculdade, quando li " O Diário de Bridget Jones" e sua sequência "No Limite da Razão", ambos escritos por Helen Fielding e que viraram filme. Em seguida, dei boas risadas com "A Imaginação Hiperativa de Olivia Joules", também de Helen Fielding.

A partir daí não parei mais e me delicio com as novidades fúteis escritas por mulheres e só para mulheres que chegam às livrarias. Uma das minhas autoras prediletas nesse segmento da literaura sem compromisso é Sophie Kinsella (www.randomhouse.com/bantamdell/kinsella/). Fui apresentada à consumidora compulsiva Becky Bloom, sua principal personagem, pela Fê, minha melhor amiga desde sempre e citada em quase todos os meus posts.

Já faz um bom tempo que li "Os Delírios de Consumo de Becky Bloom", o primeiro livro da série que meu marido chama de "literatura perniciosa", já que a protagonista adora ir às compras e, o que é pior, ela sempre arranja um jeito de justificar como "indispensável" a aquisição do mais dispensável dos objetos. Desde então, passei a acompanhar e a me divertir com todos os lançamentos da autora sejam eles sobre a Becky ou sobre outras personagens não menos interessantes e atrapalhadas, como Emma do "Can you Keep a Secret?", Lexi do "Remenber Me?" e Samantha do "Undomestic Goddness". Estes eu li em inglês para treinar o idioma, mas acho que já foram lançados por aqui.

Para quem se interessou e quer se entreter com uma leitura leve, bem humorada e que comprova que nós mulheres somos perfeitamente normais dentro da nossa anormalidade, vale a pena pesquisar na Internet para conhecer também Emily Griffin (www.emilygiffin.com/
), autora do delicioso "Something Blue" e Melissa Nathan (www.melissanathan.com/), que escreveu o "The Waitress".

Boa leitura!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ser mãe pela primeira vez


Já faz um bom tempo que não apareço por aqui. Confesso que não foi pela falta de assuntos legais para falar, mas sim pela preguiça típica do final da gravidez e também pelo monte de coisas que nós mães temos que providenciar antes da chegada dos pequenos.

Domingo foi meu primeiro Dia das Mães e achei que essa era uma boa oportunidade para marcar a minha volta ao blog e eternizar em palavras a emoção desse momento. Claro que a chegada do Otávio no dia 11 de Abril foi um motivo infinitamente maior, mas o período de adaptação tomou todo o meu tempo e foi impossível escrever antes.

Como já contei em outro post a jornada da maternidade começou em Agosto do ano passado, mais precisamente no Dia dos Pais, quando descobri que seria mãe. Algumas semanas mais tarde, fiz um teste de laboratório e vi que era uma garotinho que estava a caminho. E, com uma velocidade impressionante, nove meses se passaram até que, em uma consulta de rotina ao ginecologista, na terça-feira, 07 de Abril, decidi marcar a cesárea já para o sábado seguinte, véspera de Páscoa.

Quem já passou por isso, conhece o sentimento. Um mix de alegria, ansiedade, medo e "de será que vai dar tempo de arrumar tudo que ainda falta?" tomaram conta de mim nos dias até o grande dia. Para ficar um pouco mais tranquila tentei me ocupar organizando tudo que não havia sido necessário organizar nos quase nove meses anteriores: finalmente coloquei a confecção no berço, cada urso passou a ocupar seu devido nicho e o kit de higiene ficou pronto para ser prático durante as madrugadas em claro. Nessa semana também fiz pela primeira vez uma compra de mês, afinal estava consciente de que comer fora e "passar" no mercado quase que diariamente estariam fora de cogitação pelo menos nos primeiros meses. Até o Nemo, meu Schnauzer, entrou nos preparativos e tomou banho e foi tosado dois dias antes da chegada do Otávio.

Finalmente chegou o dia. Acordamos lá pelas seis. Dessa vez, diferente de todas as outras vezes que saímos tão cedo de casa, não pudemos passar na padaria para tomar o café da manhã. Eu estava de jejum desde o jantar do dia anterior! O céu estava azul e o sol já brilhava suave. Cheguei na maternidade com muitas malas, segundo o Daniel, mas como vimos durante a espera para ir ao centro cirúrgico não tinha muito mais do que as outras mães que também teriam bebê naquele dia.

Mais rápido do que eu achava seria, foram feitos os exames de rotina, a depilação que deixa qualquer profissional de salão de beleza de cabelo em pé e fui levada à sala de cirurgia. Em alguns minutos eu já estava aguardando pela tão temida "raqui". Para as mães que passarão por isso, só posso dizer que a única picada que senti foi o anestésico para recebê-la. Em questão de segundos, a anestesia já estava agindo no meu corpo. Minhas pernas pareciam não existir, minha boca estava seca e eu totalmente "grogue". Nesse momento, aparece o Daniel fazendo carinho na minha cabeça coberta por uma touca de hospital.

Alguns pouquíssimos minutos depois, sem que eu me desse conta de que aquele choro vinha da mesma sala que eu estava, percebo que já era o Otávio que está ali. Quase sem conseguir falar e me fazer ouvir por causa da anestesia pergunto se está tudo bem e se ele é perfeito. "Sim, ele é muito lindo", responde o Daniel sob o encantamento da paternidade.

Mais alguns minutos se passaram quando a enfermeira me mostra um menino fofo e de olhos bem grandes que chora sem parar até ser colocado sobre o meu peito. Não conseguia mexer os meus braços e tinha medo de deixá-lo cair, mas acho que como 100% das mães me apaixonei à primeira vista.

Hoje, já se passou um mês. Nos primeiro dias na maternidade ainda sentia ele mexer dentro de mim. Sensação que foi substituída rapidamente pela de ele mamando em meu peito enquanto eu tentava dormir imaginando se ele estava bem no berçário ao lado.

Em casa, as primeiras semanas foram loucas. Quando caía a noite ficava deprimida e amedrontada imaginando se tudo correria bem, se eu saberia o que fazer quando seu choro disparasse meu coração ou seu silêncio permitisse que os barulhos do mundo lá fora entrassem pela janela. É, descobri que é assim: quando eles choram a gente se preocupa se está tudo bem e quando não choram também. E, ao tentar pegar no sono entre uma mamada e outra, concluí que ser mãe é dormir com um olho aberto, um ouvido atento e uma mente alerta para o resto de nossas vidas.

Conforme o tempo vai passando tudo vai entrando nos eixos. Eu vou aprendendo a ser mãe e ele filho, nos aspectos técnicos e emocionais da maternidade. As mamadas que parecem tão instintivas precisam ser aprendidas sim, elas não são tão fáceis quanto podem parecer e é preciso dedicação para realizá-la com perfeição. Já o banho e o corte de unhas, mães frescas (uma expressão que eu descobri que também é usada para nomear quem é mãe recente), são bem mais tranquilos de realizar do que eu imaginava.

Percebi nesse primeiro mês que o dia-a-dia para funcionar requer disciplina, paciência e acima de tudo amor, pois nossos bebês sentem quando estamos ansiosas pelo choro sem razão, realizada pelo arroto de "gente grande" depois da mamada, contentes quando dormem um soninho revigorante e muito mais contentes ainda quando os pegamos no berço para enchê-los de carinho e atenção durante a troca de fralda, a mamada e o tempo que estiverem acordados já reclamando de ficarem muito tempo na mesma posição ou esticando pescocinho e arregalando os olhinhos para espiarem de onde vem um barulho, uma luz ou alguma outra coisa qualquer.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Como eu vivi sem isso até agora?


No final de 2005, pedi demissão da On Line, editora onde tinha trabalhado antes de me mudar para a Escócia e, por medo de ficar desempregada muito tempo, lugar para onde voltei assim que coloquei os pés em terras brasileiras. Lá, eu trabalhava no núcleo de decoração e escrevia matérias específicas sobre todos os ambientes da casa - cozinha, banheiros, salas, salas de tv - e, principalmente, sobre quartos de bebê e crianças.

Durante os dois anos seguintes à minha saída, atuei como jornalista free lancer tanto para a On Line, como para outras editoras que tinham publicações sobre decoração, arquitetura e paisagismo. Em 2008, misteriosamente, parei de receber trabalhos da On Line e como estava focada em ser mãe acabei não me importando e desencanando de ir atrás de outros "freelas".

Foi justamente nesse período que a Fê, minha super amiga e também jornalista, me convidou para ser sua sócia em um site sobre carreira na área de Tecnologia da Informação, já que o Fá, seu marido e sócio, estava partindo em busca de novas oportunidades profissionais e não poderia continuar com o IT Careers (www.itcareers.com.br).

Apesar de não ter muita noção do que TI significava naquela época aceitei o desafio e juntas começamos um brainstorming para fazer o site dar certo. Infelizmente, muitas das nossas boas ideias se perderam pelo caminho, atropeladas pelos afazeres do cotidiano, embora o site permaneça cumprindo a sua missão de "fornecer notícias e informações sobre carreira, formação, certificações, vagas e movimentação de mercado por meio de uma cobertura jornalística isenta e qualificada". Hoje, dividimos a atualização do site nos dias da semana, ficando a Fê responsável pelas segundas e quartas e eu pelas terças e quintas. Já para as sextas, fazemos um rodízio.

Na busca por notas interessantes para serem publicadas, me inscrevi em sites de divulgação de conteúdo. Para os jornalistas que estão começando, duas opções legais são o Comunique-se (www.comuniquese.com.br) e o Maxpress (www.maxpress.com.br). Lá, nós encontramos releases (nome dos textos de divulgação no jargão jornalístico) sobre os mais variados assuntos, que podem ou não virar uma matéria. É através desses sites também que as assessorias de imprensa e os departamentos de comunicação das empresas têm acesso aos e-mails dos repórteres e acabam lotando nossas caixas de entrada com muitas mensagens úteis e também com outras tantas sem utilidade nenhuma, já que nada têm a ver com os assuntos abordados pelo nosso site.

Foi justamente uma dessas mensagens "nada a ver" que recebi nesse domingo que passou no meu e-mail do IT Careers. A mensagem, que tinha como remetente www.minitabua.com, chamou minha atenção, assim como o seu título "Minitabua Box- Lavação de roupa íntima durante o banho com eficiência!". O e-mail, de fato, jamais será publicado em um site sobre carreira na área de TI, mas acredito que ele deve ter alguma chance em uma outra publicação. Afinal, é no mínimo curioso o que passou na cabeça da pessoa que investiu tempo e dinheiro em tal criação: uma espécie de tanque vertical para ser colocado na parede do box para as mulheres lavarem suas roupas íntimas.

Não sei se o departamento de marketing da "Minitabua Box" vai achar bom ou não, mas, apesar do e-mail não ter rendido uma notinha no IT Careers, ele pelo menos rendeu boas gargalhadas pela inacreditável coragem e criatividade de seu idealizador, além de um post no meu blog!

PS: Para quem gostou do produto, o anúncio acima tem todas as informações para adquirir o seu!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Dicas de uma grávida de primeira viagem


Terminei o colegial em 1997, mas a amizade com as meninas do Colégio Doze de Outubro continua até os dias de hoje. Na verdade, formamos um grupo ao qual autonominamos de "As Nonas", já que somos nove amigas, incluindo o Diego, que não se importa do grupo não ser "Os Nonos".

A Fê, uma das Nonas e minha melhor amiga desde sempre, foi a primeira a se aventurar na maternidade. Ela ficou grávida no fim de 2006 e em julho de 2007 nasceu seu anjinho de olhos azuis esverdeados que, em homenagem a sua mãe, ela chamou de Maria Helena.

Eu, apesar de ter sido a primeira a casar, enrolei uns dois pares de anos e fui a segunda das Nonas a ficar grávida. Como nos tornaremos "balzaquianas" esse ano, outras Nonas também já começaram a encomendar seus herdeiros.

É divertido ver como os assuntos durante nossos encontros mudaram ao longo dos mais de 14 anos de amizade (entramos no colegial em 2004!). Do você não advinha com que eu fiquei no final de semana, passando para as reuniões de entrega de convites de casamento, chegamos, como se tudo tivesse acontecido ontem, aos conselhos sobre como evitar os enjôos matinais e as melhores lojas para se fazer o enxoval do bebê. E, esse final de semana, durante o aniversário de 30 anos da Marcela (sim, outra Nona!) vendo a Maria Helena se lambuzar com sorvete de creme e calda de chocolate comentávamos que no ano que vem já teríamos pelo menos mais dois baixinhos correndo pela casa.

O Otávio, meu pequeno que está a caminho, já não é mais o caçula da turma! Há uma semana mais ou menos descobri que a Liana e o Mau, seu marido, estão grávidos. Fiquei super empolgada porque por alguns meses estaremos grávidas juntas, já que o Otávio chega em Abril e o dela (não, não sabemos ainda se é menino ou menina) em Setembro!

Depois de uma ligação para celebrar o momento "ao vivo" sentei no computador para escrever um e-mail reunindo os pontos interessantes sobre a gravidez que aprendi até agora. Achei que seria legal dividir essas informações com outras futuras mamães, então nesse post reproduzo o e-mail:

"Li,

Como te falei pelo telefone, aproveite esse momento que é mágico e, embora agora pareça que ainda falta muito tempo, passa rápido demais. Mas isso não significa que não dará tempo de deixar tudo pronto para a chegada do pequeno, pois no fim vai estar tudo pronto para recebê-lo!

Saiba tbém que todas as encanações que devem estar passando pela sua cabeça nesse momento, são normais. Tem um livro que chama "O Que Esperar Quando Você Está Esperando", publicado no Brasil pela Editora Record, que eu brinco com a Fê que é nossa "Bíblia". Lá tem respostas para todas as perguntas que passarem pela nossa cabeça. Vc tbém pode se inscrever no site do livro para receber dicas diárias semana a semana. Vc vai morrer de rir que no dia seguinte da sua dúvida vem um e-mail esclarecendo-a. É incrível!!! Anota aí o site que vale a pena se inscrever: www.whattoexpect.org. Tbém tem um site em português, mas que só manda um e-mail por semana mais genérico, mas tbém não custa nada se inscrever: www.guiadobebe.com.br.

Os enjôos tbém são comuns, mas para a maioria das mulheres que têm (comigo não foi diferente!) acabaram no fim do terceiro mês. Para mim, as frutas ácidas (laranja, abacaxi e limão) ajudaram em muito a minimizar os sintomas.

Outra dica: A Fê falou que ela passou a buchinha vegetal no peito desde que descobriu que estava grávida e que ela não teve problemas para amamentar. Seguindo a dica da amiga mais experiente eu tbém estou passando a bucha desde que o exame deu positivo. Ela tbém falou para se lambuzar de hidratante ou óleo de amêndoas (com exceção da auréolas e do bico, claro!) para evitar as estrias. Eu tenho passado os cremes desde o começo (comprei uns cremes da Linha Gerare, da Organon, e qdo acabou comprei um que chama Hidramammy, da Mantecorp, que tbém é ótimo!) e, por enquanto, zero de estrias...risos...Qdo tenho preguiça de passar creme ou estou com pressa acabo passando o óleo de amêndoas durante o banho mesmo. Segundo a minha dermatologista, não deixar engordar muito tbém é uma dica preciosa para evitar as estrias!

Ah! Tbém não esqueça de passar filtro solar (fator 30 nos dias me mais sol, viu?) pelo menos no rosto diariamente para evitar as manchas de pele. Eu bobeei com o fator 15 alguns dias de mais sol e já surgiram umas sardas maiores...risos.

Meu médico recomendou não fazer academia pelo menos nos três primeiros meses e evitar pegar coisas mais pesadas...Apesar de não ir na academia eu tentei caminhar pelo menos meia hora todos os dias, mas só para não ficar muito parada. Qdo terminaram os três primeiros meses, eu comecei a fazer hidroginástica e estou adorando! Primeiro pq a gente não sua, nem fica vermelha. Depois pq é super relaxante e qdo começarem as dores nas costas (que eu infelizmente tive...risos) vc vai ver como o exercício na água alivia. Qto a carregar pesos não muito pesados, subir em bancos ou escadas e outras aventuras, mesmo que dá para fazer vale a pena fazer um charminho para nossos maridos...risos...

Qdo fiquei grávida peguei num site um cronograma de preparativos para a vinda do bebê. Claro que não segui à risca, mas me ajudou a não fazer as coisas muito antes do tempo (o que é quase impossível por causa da ansiedade), nem a deixar tudo para bem mais tarde. Aí vão as dicas do site:

1º trimestre
Escolha do ambiente que abrigará o novo integrante da familia;Elaboração de projeto com possíveis reformas ou alterações como troca de pisos, pintura ou outros;Detalhamento do projeto, levando em consideração, o lay-out, tema e cores escolhidas.


2º trimestre
Escolha o nome do bebê;Execução da reforma ou alterações necessárias;Compra dos móveis, acessórios e itens de decoração;Confecção e ou compra do enxoval, lembrancinhas e enfeites de porta;Lavar e organizar todo o enxoval.


3º trimestre
Preparar Chá de Bebê;Compra de roupas tamanho M e G;Arrumar as malas para os dias da maternidade;Preparar toda a documentação que deverá levar no dia do parto;Providencie tudo o que for necessário para sua casa estar em bom funcionamento enquanto você estiver na maternidade com seu bebê e para recebê-lo com tranquilidade.


Nossa, já falei (escrevi) demais. Bom, esses foram só alguns pontos que eu achei relevantes nesse primeiro momento...risos...Se eu lembrar de mais coisas eu escrevo. Lembrei: vc já está tomando o ácido fólico? Para finalizar esse e-mail, que está mais para um tratado, mando anexado uma relação do enxoval que compilei de vários sites que visitei. O único item que não achei muito convincente em nenhum site foi o vestuário. Então, comprei o básico para levar para a maternidade e as outras coisas fui comprando usando o bom senso (tbém confesso que comprei coisas por impulso...risos).

É isso... Já vou guardar esse e-mail para qdo a próxima Nona ficar grávida para eu não ter que escrever tudo de novo...risos.

Bjs, parabéns aos papais e espero ter ajudado pelo menos um pouquinho

Julia

Enxoval

Cama e banho

1 cobertor de soft
1 cobertor de berço (furadinho)
1 manta de lã
3 jogos completos de lençol para berço
2 jogos completos de lençol para carrinho
3 toalhas felpudas com capuz
3 toalhas fraldas
18 fraldas padrão
1 kit de berço completo
1 trocador
1 banheira com suporte
1 rolinho segura nenê
1 saia de berço
1 protetor de colchão
2 lençóis avulsos
1 manta de suedini (algodão)


PS: Mantas nunca são demais!

Quarto (Decoração e Móveis)

Berço
Cômoda
Poltrona

Abajur
Mesa lateral
Cama de babá

Persiana ou cortina
Kit de higiene (bandeja, garrafa, cesta, pote cotonete, pote algodão e tigela de porcelana)
1 móbile
1 lixeira

Acessórios

1 termômetro
1 bolsa térmica (para as cólicas que espero que sejam bem poucas ou nenhuma)
1 kit de escova e pente
1 aspirador nasal
1 tesoura
1 babá eletrônica

Passeio

1 carrinho
1 bebê conforto
2 bolsas (1 pequena e 1 grande)
1 colchonete de carrinho
1 trocador portátil

Alimentação

1 cadeirão
1 jogo de prato
1 jogo de talheres para bebê

Produtos de higiene

Creme para assaduras
Cotonetes
Álcool 70%
Pacotes de algodão
Sabonete neutro
Shampoo
Fraldas RN, P, M e G
Lenços umedecidos

Maternidade Nenê

6 conjuntos de mijão com body
6 macacões
4 panos de boca

4 fraldas padrão
2 mantas
6 envelopes para roupas
1 touca
1 par de luvas

Maternidade Mamãe

3 camisolas ou pijamas com abertura frontal
1 par de chinelos
6 calcinhas e 2 soutiens de amamentação
Produtos de higiene pessoal
Conchas
Creme para rachaduras nos seios
Lembrancinhas com cartões
Quadro de porta de maternidade
Documentos necessários"

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Próximo destino: Grécia


Na semana passada, o Daniel ia passar o sábado trabalhando em casa. Como já disse em outro post isso acontece com uma frequência semanal eu diria. Sempre quando ele viaja ou está trabalhando e eu vou ficar em casa aproveito para alugar um daqueles filmes tipicamente femininos, como "Sex and the City" e "PS: Eu Te Amo", só para citar alguns mais recentes na minha memória.

No final de semana em questão eu optei por um musical, um gênero que está longe de ser o preferido não só do Daniel, mas de muitos outros maridos, namorados e afins. Assim fui até a locadora e peguei "Mamma Mia!" (
http://www.mammamiamovie.com/). Para quem gosta do estilo poucas falas e muitas músicas, o filme é diversão garantida e comigo não foi diferente, sem contar os cenários paradisíacos da Grécia com seu mar azul claro que se confunde com o céu, suas casas sempre branquíssimas e sua vegetação repleta de oliveiras e parreiras.

Desde que nos casamos há cinco anos, eu e o Daniel sempre comemoramos nosso aniversário com alguma grande viagem. A ideia de ir para a Grécia, mais precisamente para Santorini, surgiu quando ainda estávamos na Escócia e localizamos a ilha no mapa que ficava na sala de casa e era marcado com selos coloridos de acordo com o status de cada lugar que gostaríamos de conhecer: amarelos para os locais já visitados e verdes para os próximos destinos.

Como era a época das Olímpiadas de Atenas, o país era assunto diário dos noticiários de todo o mundo, mas como acabamos voltando alguns meses antes do previsto e viajar pela Europa mesmo se estando lá não é tão barato e fácil como imaginávamos a princípio, as ilhas rochosas no mar Mediterrâneo acabaram tendo que esperar alguns anos.

Em maio do ano passado decidimos quase que por impulso nos endividar um pouco mais e adiantar a viagem de aniversário de casamento de novembro para junho. No dia 12 de junho de 2008, Dia dos Namorados, estávamos embarcando para o lugar mais próximo do mundo oriental e com menos brasileiros que chegamos até agora, tudo em busca de uma viagem cheia de contexto histórico, praias deslumbrantes, vilarejos interessantes e curiosidades culinárias.

Para quem for para a Grécia recomendo exatamente esse período que estivemos por lá. É o começo do verão e, consequentemente, o começo da alta temporada européia. O verão na Europa é delicioso e reúne pessoas de todas as idades e de todos os cantos, que circulam com suas grandes mochilas nas costas (conhecidas como backpacks) fazendo aquele burburinho por onde passam. Esperar uma balsa ou um trem nessa época do ano por lá é ver, experimentar e se divertir com uma miscelânia de cultura, sotaques, vidas e tipos físicos.

Atenas

Chegamos em Atenas e o primeiro choque foi a língua ou melhor os caracteres da língua, ou seja, as letras. Lá, por mais engraçado que pareça, as pessoas falam grego e nessa viagem entendi o sentido amplo do que essa expressão de fato significa. No aeroporto dava uma agonia porque ao contrário do que acontece com o inglês ou francês eu nem conseguia imaginar a pronúncia das palavras. Mas com o tempo fomos aprendendo as expressões básicas, como por favor, obrigada e bom dia e aos poucos fomos conquistando os gregos. Não se assustem, eles parecem bravos num primeiro momento, mas depois acabam sendo agradáveis e simpáticos.

Mikonos

Optamos por ir de balsa, ou melhor, ferryboat como chamam por lá, de uma ilha a outra. Aí vale um conselho: certifique-se com seu agente de viagens que o lugar na balsa é marcado e conta com ar condicionado. Pois viajamos cinco horas de Atenas até Mikonos no deck da balsa, sob um sol super forte e rodeados de fumaça de cigarro por todos os lados, já que a Grécia é um dos países da Europa que ainda não estipulou áreas de fumantes e não fumantes.

Bom, mas tudo isso valeu a pena, pois das ilhas que conhecemos Mikonos é sem dúvida a mais animada e GLS de todas! Fácil de circular, com praias deliciosas para todos os gostos, bons restaurantes e lojas bem legais, a ilha é relaxante durante o dia e à noite reune gente bonita no centro repleto de lugares bacanas para sentar beber, comer, namorar e conversar.

Também não se assuste se chegar em uma das praias e se deparar com pessoas peladas ou mulheres de topless. Na Europa, isso é normal e se sente mal quem não adere ao nudismo.

Páros

A umas duas horas de balsa de Mikonos essa já é uma ilha bem maior. Ali, para circular com mais liberdade valeu a pena alugar um carrinho. Na verdade não somos muito aventureiros e abrimos mão de alugar as lambretas tão usadas pelos locais e também pelos turistas para subir e descer as montanhas com vento que sopra do mar no rosto. Ficamos em um hotel bacana, fomos a praias deliciosas, mas Mikonos tinha sido amor à primeira vista e ficou uma saudade.

Santorini

Acho que essa ilha vulcânica é a mais famosa das ilhas gregas. Ficamos em um hotel que assim como a maioria dos estabelecimentos de Santorini é construído na montanha, então haja pernas para ir do quarto à piscina ou ao restaurante, pois são tantos degraus que a gente até perde a conta.

Mesmo sendo grande, circular pela ilha é fácil, pois os ônibus chegam até os bairros e praias mais importantes. Mas no começo e no final da noite eles costumam ficar lotados, quase como os ônibus que circulam pelos corredores aqui em São Paulo.

Em Santorini vemos por todos os lados aquelas igreja brancas com cúpulas azuis e os imóveis brancos, marca registrada das ilhas gregas, tomam conta dos altos das montanhas encantando os turistas de qualquer ponto da ilha.

Os restaurantes ocupam lugares privilegiados e é sempre um bom programa jantar vendo o sol se pôr onde parece que o mar azul acaba.

* Para saber todos os detalhes das Ilhas Gregas e Atenas recomendo o "Guia Visual da Folha de S. Paulo" (http://tinyurl.com/guiavisualfolha). Aliás, eles são sempre uma boa pedida seja qual for o seu destino!

Caminho das Índias


No dia 19 de janeiro, se não me engano, a Rede Globo lançou sua nova novela das nove: "Caminho das Índias". Duas semanas depois, o folhetim já estava na boca do povo que comentava chocado as tradições indianas, como os casamentos arranjados e o hábito de venerar as vacas por serem consideradas sagradas.

Confesso que nunca estive na Índia, mas tive a oportunidade de viver na Escócia entre junho de 2004 e janeiro de 2005. Apesar da Índia ter conquistado a independência dos ingleses no fim da década de 1940 * , os dois povos ainda mantêm laços fortíssimos. Na Escócia, assim como nos outros lugares do Reino Unido que visitamos, é comum vermos indianos dos mais diversos grupos religiosos por todos os lugares. Os jovens da Grã-Bretanha temem por seus empregos, já que os indianos têm chegado por lá muito bem preparados para disputar postos de trabalho ou vagas nas melhores instituições universitárias do país. Assim como mostra na novela, os call centers ingleses são mesmo na Índia e era comum ouvir colegas escoceses comentando que quando ligavam para um 0800 solicitando alguma informação sabiam que estavam sendo atendidos em algum ponto distante na Índia.

Durante o tempo que passei no velho mundo tive a oportunidade de ficar amiga de inúmeras indianas, entre elas, a Dhanya. Agora já não me lembro mais de que cidade da Índia ela era, mas a conheci no hotel em que morei logo que chegamos em Glasgow. Dhanya era simpática, alegre e comunicativa. Seu marido trabalhava em um navio e eles estavam de mudança para a Escócia. Na ocasião em que a conheci ela estava no país cuidando dos preparativos para a chegada do marido e sua filha de três anos.

Me lembro que era verão e o sol se punha lá pelas onze da noite e passei várias tardes ensolaradas mas frias com a Dhanya. Juntas íamos aos parques da cidade, lojas ou ficávamos à toa conversando no hotel. Durante essas semanas ela me mostrou uma cultura que se outra pessoa me contasse ou se eu visse em um filme não acreditaria, assim como acho que a deixei impressionada ao contar que aqui no Brasil dois jovens podem sim se conhecer em uma danceteria, se beijarem nesse primeiro encontro e acabarem casando como aconteceu comigo e o Daniel.

Dhanya casou-se sem conhecer seu marido. Ou melhor, o conheceu quando tudo já estava arranjado entre as famílias. Como se fosse a coisa mais natural do mundo (para ela de fato era!), ela me contou como escondida na cozinha pediu para que sua irmã visse o pretendente e voltasse para contar suas primeiras impressões. Assim como ela se divertiu com as minhas aventuras, eu me encantei ao descobrir que apesar do inglês e do hindi que era falado pela duas famílias, cada uma também falava outros dialetos e me espantei quando ele perguntou se minha família e a do Daniel falavam o mesmo idioma.

Os diversos dialetos e as relações amorosas são só dois aspectos das diferenças entre nós brasileiros e os indianos. Nessa temporada escocesa também conhecemos outros indianos que ao narrarem seu dia-a-dia em sua terra natal nos levaram a lugares inimagináveis e cheios de peculiaridades que nossos preconceitos impediam de enxergar sem julgar.

* Para quem se interessar pelo assunto eu recomendo o livro "Paixão Índia", escrito por Javier Moro e lançado no Brasil pela Editora Planeta. O livro na verdade narra a história de amor entre uma dançarina espanhola e um marajá indiano, mas que tem como pano de fundo inúmeros acontecimentos interessantes acontecidos na Índia dominada pelos ingleses. Também tem um filme de Bollywood, "Bride and Prejudice", que é super divertido e mostra a Índia colorida e musical (http://tinyurl.com/brideandprejudice)

Em tempos de crise...


Algumas dicas publicadas no caderno Empregos do jornal O Estado de S.Paulo de domingo 1º de fevereiro de 2009.

Há umas duas semanas meu marido Daniel precisou ir a uma reunião de planejamento em um sábado no escritório. Ao contrário de fazer o bico que sempre faço quando esse tipo de coisa acontece, o que diga-se de passagem é meio praxe nos nossos fins de semana, eu adotei a postura de esposa madura e dei todo o suporte para que ele fosse para a empresa e ainda desse sugestões criativas para que sua área conseguisse contornar este momento complicado pelo qual a maioria das companhias estão passando.

Pouco depois da hora do almoço, toca meu telefone e é ele do outro lado da linha parecendo preocupado. Segundo ele, algumas pessoas que ocupam cargos superiores disseram que ele teria que optar entre mudar de área ou tirar uma licença não remunerada. Na hora, fiquei revoltada e apavorada. Revoltada porque ele é inteligente, competente e honesto. Não me conformava em como podiam propor aquela indecência, porque não tem outro nome, a uma pessoa que tinha entrado na companhia como estagiário e até pouco tempo atrás era "disputado a tapa" para integrar as equipes dos mais variados projetos. Apavorada porque faltavam menos de três meses para a chegada do pequeno Otávio. "E o plano de saúde?", foi minha primeira pergunta."Como assim licença não remunerada? É alguma piada?", continuei.

Pela primeira vez me vi como uma mendiga na rua, pensei na nossa casa, nos nossos luxos e em tudo de bom que o dinheiro tinha trazido para nós até aquele momento. Na hora liguei para o meu pai com um nó na garganta e, aos poucos, com a serenidade de quem tem vinte anos de carreira a mais do que nós e a experiência de quem viveu mais, ele foi nos acalmando e nos mostrando o lado bom de tudo aquilo.

O Daniel trabalha em uma empresa multinacional de consultoria há dez e tem dedicado umas quatorze horas por dia a essa companhia. Há tempos a gente não estava feliz com o ritmo de trabalho, nem com o estresse diário ao qual ele estava submetido, mas nunca tivemos coragem de pensar em algo mais drástico como sair ele sair de lá.

Com tudo isso tiramos várias lições e algumas delas vale a pena repartir, pois em tempos de crise tudo pode acontecer, né? Pode parecer básico, mas aprendemos que temos que poupar, literalmente a qualquer custo, para poder contar com uma reserva no caso de uma demissão. Também vimos que nunca devemos nos acomodar a uma determinada situação, seja ela qual for. Então, se recebermos uma proposta de emprego temos sim que ver do que se trata. Terceira lição, mas não menos importante, é que ninguém é insubstituível.

Já com relação aos aspectos mais práticos do desemprego, recorremos aos inúmeros profissionais de RH que andam dando algumas dicas sobre o assunto em diversos meios de comunicação, como a matéria publicada no site IT Careers http://tinyurl.com/dicasitcareers. Em um primeiro momento essas dicas até parecem banais, mas por experiência própria acho que elas podem ser um ponto de partida na hora que o desemprego chegar mais perto do que gostaríamos!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Enfim, cegonha a vista!


Para ser meu primeiro post escolhi um assunto que mais cedo ou mais tarde vai fazer parte da vida da maioria dos jovens casais: o primeiro bebê! Casei em 2003 e depois de quatro anos, uma temporada vivendo na Escócia, muitas viagens, apartamento finalizado e inúmeros sonhos realizados era chegada a hora de ter um filho!

Parei de tomar a pílula em julho de 2007 e tinha a certeza de que engravidaria mais rápido do que eu imaginava. O tempo foi passando e cada vez mais parecia que eu via barriga de grávida por todos os lados, menos na frente do espelho. Com todas as futuras mães que eu conversava ouvia a mesma frase: "Parei de tomar a pílula e um mês depois já estava grávida!".

Isso me deixava meio frustrada, mas por outro lado conheci algumas mulheres na mesma situação que eu e, aos poucos, fui me tranquilizando certa de que a minha vez ia chegar. Mas até lá passei sim por aquelas cenas de filme de contar os dias férteis no calendário, compramos testes de fertilidade e muitos outros testes de gravidez que deram negativo.

Um pouco mais de um ano depois de começar a tentar, no dia 10 de agosto de 2008, Dia dos Pais, decidi fazer um teste de farmácia e deu positivo. Mesmo querendo muito ser mãe, foi um susto, eu balançava o teste como se fosse um termômetro para ver se ele não apagava. Fiz ainda mais um teste de farmácia enquanto o exame do laboratório não ficava pronto.

Na verdade, estou contando toda esta história primeiro para dizer que a gravidez pode sim demorar para chegar, às vezes até mais do que gostaríamos, mas que encarar essa demora com bom humor e sem ansiedade podem tornar essa espera bem mais gostosa e divertida. Ok, quando falavam isso para mim eu também não acreditava!

Segundo para dar a dica de um teste de ovulação que foi "tiro e queda" para eu ficar grávida e olha que eu precisei usá-lo apenas uma vez antes de engravidar. O teste se chama Ovatel (http://www.elaonline.com.br/), da Mantecorp. Diferente dos outros testes que medem o período fértil pela urina, esse detecta a ovulação através da saliva e pode ser usado durante muitos meses, bastando lavá-lo após cada uso com cuidado para não riscar a lente do microscópio.

Quando fui comprar achei o preço um pouco salgado, mas pensei nele como um investimento. Como fiquei grávida no mesmo mês que o usei pela primeira vez, pretendo utilizá-lo para encomendar os próximos herdeiros sem tanta demora já que ficar grávida é realmente uma delícia.
Boa sorte!